O Ser Humano é uno. A vida também é una, não em partes. Pensar o Brasil significa pensar seu
povo, sua terra, sua economia, sua cultura.
Observamos, nos últimos tempos, em nosso país, a formação de uma dicotomia, uma divisão, onde
todos perdem. Nesse jogo, destruímos a política, os empregos, e agora, vidas.
Nos distanciamos dos valores culturais e civilizatórios que deram a grandeza ao nosso país. E
estamos perdendo também os valores perenes, profundos, do humanismo, dos quais o Brasil era um
sopro de esperança ao planeta.
Continuando nessa direção perderemos mais vidas, mais empregos e colocaremos em risco a nossa
paz civil.
Como perdemos também os referenciais da boa política e entramos numa lógica do “tudo pode”, em
que assinalamos no diferente um inimigo, parece não haver saída. O “lado A” não a tem, e o “lado
B” não a demonstrou. Mas o povo, em sua imensa maioria, não tem lado. É o Povo Brasileiro, o
trabalhador brasileiro, o homem brasileiro.
Quando negamos e destruímos a política, perdemos ‘a metade’. Se continuarmos assim,
perderemos ‘o resto’. E o que significa ‘perder o resto’? Significa a perda da Paz Civil; em outras
palavras, significa o conflito civil, a guerra civil, onde brasileiros, como lobos, atacarão outros
brasileiros.
Perderemos mais vidas, mais empregos, mais protagonismo internacional. Perderemos em
humanidade. E a humanidade perderá.
A retomada, neste cenário, será infinitamente mais difícil.
Precisamos agir agora.
É hora da retomada do protagonismo da política como ‘mediadora do real sociológico’, ou seja,
como única atividade capaz de colher o problema e a realidade em que estamos inseridos e apontar
a direção de saída. Não há outro caminho fora da política.
Portanto, chamamos as lideranças políticas do Brasil a assumirem sua condição de mediadores do
pensamento e do anseio do povo brasileiro por paz, trabalho e preservação de vidas.
Precisamos lembrar que já tivemos Juscelino, Ulysses, Teotônio, Maciel, José Bonifácio, Getúlio, Rio
Branco e tantos, tantos outros grandes que conseguiram fazer a leitura do seu tempo e apontar
caminhos à toda a Nação.
Ainda os temos, mas é preciso que haja coragem para escapar do entourage da cadência midiática
e resgatar a originalidade da alma brasileira, comprovadamente capaz de grandeza e de grandes
feitos.
Unindo nosso povo – e esse é o papel eterno da grande política – teremos respondido a uma
demanda do nosso tempo histórico; garantiremos a paz civil, salvaremos vidas e retomaremos o
caminho da prosperidade, inserido no DNA deste gigante chamado Brasil. E seremos luz também
para o mundo.
Nenhum posicionamento político e nenhuma ideologia tem, exclusivamente, a saída para este
momento. É preciso transcender nossa convicção ideológica (seja de direita que de esquerda),
deixá-la em suspenso, e olhar para o ‘todo’.
Para um político responsável, este é o caminho mais difícil, pois sofre pelos dois lados. Mas,
superando tudo, consegue servir seu povo (e não ao patrão ideológico do momento). E tem assim
sua satisfação, cumpre sua missão, e tem o reconhecimento devido.
Grandeza e coragem é o que precisamos, neste tempo, pelo Brasil.
Fazer um grande esforço nacional, de todas as forças políticas, para garantir a vacinação e
imunização da população brasileira.
Abrir um diálogo nacional, considerando estados e municípios, lideranças empresariais, sociais e
acadêmicas, com vistas a preservação dos empreendimentos e dos empregos.
Construir um Pacto Nacional a partir de todas as forças políticas que tenha como foco a Unidade
do Povo Brasileiro para enfrentar esse momento grave em que vivemos.
Março de 2021
MOVIMENTO REAGE BRASIL