O porquê e como enfrentar a crise socioeconômica e política 1

Estamos vivendo mais uma das tantas crises sócio-políticas e econômicas pelas quais já passamos, com a diferença de que essa tornou-se mais agressiva e está produzindo incisões que se tornam cada dia mais difíceis de suturar. Temos ciência de que essa crise não é autóctone, mas deriva de fatores que incluem a condição de governabilidade em cenário internacional, onde nosso País, por força de relação, está incluído. Ela iniciou como crise sanitária, tornou-se econômica e desde o início está perpassada pelo viés político. O próximo momento é uma possível crise social, onde o cidadão torna-se o agressor do seu próximo. Quando a sociedade civil outorga-se o direito de agredir o seu próximo, significa que o Estado perdeu a sua razão de existir.

Tendo em vista estudos realizados pelo Grupo do Movimento REAGE BRASIL, sugere-se que a maneira mais precisa para evitar uma crise de proporções ainda maiores e prevenir outras futuras, é tratar os três pontos a seguir:

a) revisar a política assistencialista;

b) cortar gastos públicos e,

c) liberar-se de investimentos infrutíferos, uma vez que todos estes resultam no crescimento do endividamento público. O que se observa, no entanto, é que o Brasil está tomando o caminho oposto: aumentando o assistencialismo sem contrapartida, aumentando o gasto público de modo quase irresponsável e realizando investimentos desmedidos de emergência sem reciprocidade e sustentabilidade. Esses três fatores já são nossos velhos conhecidos e a cada década percutem com uma nova onda em nossa direção.

Infelizmente, temos um elemento que torna a situação ainda mais complicada pois, além de aumentar o endividamento público, está se estimulando o endividamento privado de modo mais ostensivo do que já foi feito no passado, agravando ainda mais o ciclo de peso.

Consideramos que a alternativa mais sensata é retomar a economia ativa, dentro dos melhores padrões de sanidade. O medo – personificado na COVID-19 – está levando a todos ao endividamento e à incapacidade de geração autônoma da própria economia.

Estamos vendo um processo que transforma a todos nós, por força de lei, em dependentes do governo que passa a assumir o papel de ‘absoluto provedor’.

A soberania brasileira está em risco, pois a garantia para todo este endividamento são as reservas naturais do país, cada vez mais ameaçadas.

Na crise decorrente da ‘bolha imobiliária’ norte-americana de 2008, sentimos menos seus efeitos pelo fato de que nossa economia se manteve ativa. Situação que agora está comprometida.

É fundamental enfrentar a realidade.

A. Revisar a Política Assistencialista


A Constituição Federal de 1988 estabelece no artigo 5º e 6º um conjunto de direitos e garantias individuais e coletivas, com o propósito de promover a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. Este propósito é de responsabilidade conjunta entre o Estado e a Sociedade.

No âmbito público foi criado o Sistema de Seguridade Social, como um conceito organizador da rede de proteção aos cidadãos, dividida em três áreas:

1) Assistência Social;

2) Sistema de Saúde e,

3) Previdência Social.

Este sistema hoje, tem seus recursos oriundos das contribuições sociais compulsórias sobre o lucro líquido (CSLL), do financiamento da seguridade social (COFINS), do PIS/PASEP e do RGPS, que juntas representam cerca de 90,0% das receitas deste orçamento. Em 20182 os gastos desse tripé foram de R$ 993,7 bilhões (14,61% do PIB anual) com R$ 171 bilhões de déficit . Os anos de 2006 e 2007 foram superavitários em R$ 4,4 e R$ 6,4 bilhões, respectivamente, mas desde 2008, - coincidentemente o mesmo ano da crise americana com a falência do banco de investimentos Lehman Brothers – e 2018, houve um crescimento de 6.740% do déficit destas contas.

Na esfera federal, os principais programas (26), estão vinculados ao Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), criado pela Lei Federal nº 8742 de 07 de dezembro de 1993.

Resta claro que o amparo ao cidadão é tarefa de todos, mas não pode ser convertido em assistencialismo.

Quando o indivíduo se torna dependente da Assistência Social sem a exigência do seu recíproco empenho em ser o primeiro e principal responsável por si mesmo, então, adentramos no assistencialismo. A continuidade desta dependência, por parte do indivíduo, dos programas de Assistência Social torna-se um peso injusto para a sociedade.

É necessário educar a sociedade para a responsabilidade (direito - dever). Uma cidadania plena, de contrapartida.

1. Assistência Social


A Assistência Social, impacta hoje cerca de 27 milhões de famílias no Brasil, através de 26 programas diferentes, cujos principais são o Benefício da Prestação Continuada (BPC), cujo orçamento em 2019 foi de R$ 30 bilhões e paga um salário mínimo a idosos acima de 65 anos, além de pessoas com deficiência e baixa renda3 e o Bolsa Família (PBF) que atendeu mais de 14,1 milhões de famílias em 2019, com valor médio pago de R$ 186,23 mensais aos seus beneficiários4 , cujo orçamento neste mesmo ano foi de R$ 15 bilhões.

TABELA 1 - Valor investido por área pelo Governo Federal 5 , no ano de 2018

No tocante às contrapartidas esperadas pelos principais programas (BPC e PBF) o Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), da UFMG e o Centro de Políticas Públicas (CPP) do Insper realizaram em 2016 um estudo6 medindo os impactos macroeconômicos e sociais desses programas nos municípios brasileiros, concluindo que de 2004 a 2010 houve impactos positivos relacionados ao PIB per capita dos municípios, resultados na redução da pobreza, mas não em relação à desigualdade social; houve também o aumento de frequência escolar, redução do atraso escolar, mas não da qualidade da educação.

Percebe-se que as principais ações da Assistência Social visam especialmente o alívio imediato dos sintomas das deficiências sociais, promovendo a inserção de pessoas no mercado de consumo, independentemente da inserção no mercado de trabalho, o que pode movimentar a economia e impactar o PIB do país, mas que não resolvem , por si só, o rompimento da transmissão do ciclo intergeracional da pobreza. Apesar de os gastos com Assistência Social terem aumentado 208% de 2008 a 2018, o índice de desemprego neste mesmo período subiu de 6,8% para 11,6%, um aumento de 70,59% 7 .

Os investimentos sociais são feitos, contudo, não temos a segurança, clareza e, tão pouco, gestão das contrapartidas de reciprocidade que os assistidos pelos inúmeros programas devem estar comprometidos. O próprio PBF (Programa Bolsa Família), que foi concebido com a contrapartida de manter as crianças na escola, teve este impacto de reciprocidade retirado da discussão, da mesma maneira que se celebra o volume de famílias que ingressaram no benefício e não os que saíram dele por não mais necessitarem da assistência do Estado.

O Brasil parece enquadrar-se mais em políticas de "assistencialismo" do que "assistenciais", tornando seus beneficiários, dependentes permanentes do Sistema de Assistência Social sem a exigência do seu recíproco empenho através de metas claras e mensuráveis de ganho de autonomia. Tais políticas, além de contribuírem significativamente para o aumento do endividamento público, tornam-se um peso para a sociedade.

2. Sistema de Saúde


Os gastos com saúde também são relevantes 8 .

Gráfico I – Percentagem da Receita da União Aplicada na Saúde, de 2016 a 2019

A queda no percentual do PIB direcionado à saúde pelo Governo Federal, nos últimos anos, não significa que tenha sido reduzido o valor investido anualmente, considerando o crescimento da Receita Corrente Líquida. O maior problema parece situar-se no desperdício, desvios, falta de controle e corrupção.

De acordo com o Ministério da Saúde, “em 2017, a União destinou R$ 126,9 bilhões para a saúde. A gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) é compartilhada com Estados e Municípios, responsáveis pela execução dos serviços, por complementar o financiamento e pela organização da rede de assistência”. (...). “O sistema de saúde no Brasil vive um paradoxo. Enquanto milhões de brasileiros sofrem com a falta de médicos, leitos e medicamentos nos hospitais, o setor desperdiça uma quantia bilionária com procedimentos malfeitos, exames desnecessários, erros médicos e ambulatoriais, excesso de consumo de materiais e fraudes. Em 2017, essa conta chegou a R$ 100 bilhões, 20% dos R$ 500 bilhões gastos pelos setores público e privado. E, segundo dados da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), de 2% a 3% desses recursos foram desviados em esquemas de corrupção”. (...). “Embora o desperdício passe a ideia de abundância, esse não é o caso. O Brasil gasta com saúde, por pessoa, anualmente, US$ 1 mil, sendo US$ 550 no setor privado e US$ 450 no público. Nos Estados Unidos, os desembolsos chegam a US$ 9 mil e, na Europa, a US$ 10 mil 9 ”.

Como se vê, comparativamente aos países mais desenvolvidos se gasta pouco, mas muito mal.

3. Previdência Social


A Previdência social constitui a principal rubrica de gastos do Governo Federal. Registrou déficit de R$ 195,2 bilhões em 2018, um aumento de 7% em relação a 2017. A despesa com benefícios cresceu 5,2% e fechou o ano de 2018 em R$ 586,4 bilhões. A arrecadação, por sua vez, subiu 4,4%, somando R$ 391,2 bilhões 10 . Para 2019, o orçamento previsto para a Previdência foi de R$ 637,9 bilhões, quase o dobro de investimento na saúde, educação, assistência social e segurança pública, áreas que, juntas, devem somar R$ 360 bilhões 11 .

Não para por aí, ainda há os gastos dos Estados e Municípios aqui não computados.

TABELA 2 - Gastos, na esfera federal, com Previdência Social em 2019, por totalidade de subáreas 12


Com a aprovação da Reforma da Previdência Social, em 2019, o déficit deve reduzir. Mas a tendência a médio e longo prazo é de que este gasto continuará a exigir aporte crescente do Tesouro da União.

B. Cortar Gastos Públicos

Talvez, no campo Gasto Público encontra-se o maior desafio e uma importante consequência é o endividamento público. Por exemplo, as dívidas das unidades da federação somam mais de R$ 900 bilhões 13.

A gravidade do problema pode ser observada, por exemplo, ao se verificar que 4 (quatro) Estados deviam mais que a sua própria arrecadação anual em 2018 14:

    • SP, dívida de:

      Para uma arrecadação de R$ 151,5 bilhões

    • RJ, dívida de:

      Para uma arrecadação de R$ 50,1 bilhões

    • MG, dívida de:

      Para uma arrecadação de R$ 55,1 bilhões

    • RS, dívida de:

      Para uma arrecadação de R$ 35 bilhões

Existe uma realidade que afeta a maioria dos Estados e Municípios, os quais também estão endividados, à exemplo da União Federal, mas com pouca ou nenhuma alternativa de solução em curto e médio prazo. Neste caso, por óbvio, será necessária a interveniência federal sob pena de se romper com os acordos tributários e de autonomia formalizados no Pacto Federativo 15 . Todavia este “socorro” deve ser feito mediante contrapartida na adoção de medidas de ajuste para contenção e redução dos gastos públicos.

Segundo dados da FEBRABAN 16 , os cinco maiores bancos do país – Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa – emprestaram R$ 265,6 bilhões entre 16 de março e 17 de abril de 2020, primeiro mês da crise gerada pela COVID-19. Os dados da FEBRABAN mostram crescimento de quase 22% em relação ao mês de março do ano anterior.

Por outro lado, o PIB brasileiro de 2001 a 2018 cresceu 461%, os gastos públicos cresceram 897%, saltando de 19,2% para 37,06%, no mesmo período e não identificamos, enquanto cidadãos, o benefício proporcional a todo esse gasto adicional.

Dentro deste quadro, o conjunto que mais gerou gasto foi o da Previdência Social, chegando a representar 41% do gasto total. Depois vem o gasto com a Dívida Pública Interna, a qual, atualmente ultrapassa R$ 4,2 trilhões 17.

Na sequência o outro gasto relevante é do pagamento de pessoal e encargos, este agravado pela disparidade remuneratória e benefícios, como a aposentadoria integral, quando comparada ao setor privado e a outros países com economias similares.

A despesa pública, ao longo do tempo, gerou déficit fiscal crescente que foi encoberto pela redução da amortização da dívida (com sua expansão) e pela emissão de novos títulos públicos (financiamentos). Estamos nesta situação devido ao assistencialismo, aos gastos desnecessários e aos investimentos infrutíferos – além dos indícios da má gestão e desvio de recursos públicos.

Gráfico II – Evolução da distribuição do Gasto Público Federal – em R$ bilhões 18 :

C. Liberar-se de Investimentos Infrutíferos


Considera-se investimento infrutífero todo aquele que não apresenta custo-benefício claro ou estratégico, e frutífero aquele que beneficia a evolução dos serviços aos cidadãos.

No Brasil, há dezenas, centenas, talvez milhares de investimentos que são claro desperdício do dinheiro público, seja pelo custo das obras ou por serem inoportunas naquele momento. Aqui, incluem-se, também, aqueles investimentos de ordem política, como por exemplo, os que são considerados de incentivo à cultura, tais como o patrocínio de festividades como o carnaval, produção cinematográfica sem valor humano ou social, destinação de grandes somas de retenção de tributos aos projetos culturais dos grandes bancos comerciais, entre outras destinações, que analisadas com mais critério, dão-se em prejuízo de investimentos mais essenciais. Essa produção, geralmente realizada através de Empresas Estatais, grandes empresas e bancos, é executada com renúncia fiscal (lei federal de incentivo à cultura) que teve média na ordem de R$ 1,2 bilhões/ano 19 de 2010 a 2017. Mais de um quarto deste valor foi destinado pelos grandes bancos aos próprios projetos culturais (fundações, museus etc.).

No plano da infraestrutura, os investimentos improdutivos podem ser verificados, por exemplo:

1. Na construção das usinas termonucleares 20:

Angra 2

Realizada em 25 anos de construção, tem seu retorno esperado em 30 anos e entrou em operação apenas em 2000.

Angra 3

Estimada em 25 bi Prevendo-se também que sua manutenção, incluídos os juros dos empréstimos chegue a R$ 2,5 bilhões/ano.

TABELA 3 – Comparação Obras Angra 1, 2 e 3.

Angra 3: 47% mais cara do que Angra 2, embora "gêmeas".Aspectos gerais das obras e das usinas nucleares brasileiras.

2. Nos projetos inacabados da Petrobrás:

Paralização do Complexo Petroquímico do RJ (COMPERJ21): prejuízo estimado pela própria Petrobras em:

Mais do que todo o gasto com as Olimpíadas em 2016.

O superfaturamento da Refinaria do Nordeste (RNEST), que teve seu custo multiplicado por 10, apresentando um valor presente líquido negativo de:

Cerca de USD$ 36 bi22 .

3. Nos estádios de futebol da copa do mundo de 2014 e obras associadas 23 , sem contar os incentivos fiscais:

A construção e reforma dos 12 estádios para o mundial de futebol custaram

´

O Estádio Mané Garrincha custou R$ 1,4 bilhão. Brasília, Cuiabá, Manaus e Rio de Janeiro (reforma do Maracanã) foram construídos com dinheiro público, ao custo de R$ 3,7 bilhões, mais uma despesa anual a descoberto de manutenção de R$ 40 milhões/ano.

Os estádios de Belo Horizonte, Fortaleza, Natal, Recife e Salvador representaram um custo para a União de:

Obra realizada através de PPP - Parceria Público Privada (governo e empresas privadas).

4. Nos suntuosos edifícios para abrigar estruturas do Estado, em particular as do Poder Judiciário e do Ministério Público:

Orçamento do Tribunal de Justiça de SP24

Custo estimado do Edifício do Tribunal de Justiça do RS em 201925, sendo que, no mesmo período foi gasto R$ 11,9 milhões em reformas de escolas estaduais.

Plano de obras do Tribunal de Justiça da BA 2018-2020

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5. Nos imóveis de propriedade particular locados pelo Estado e os públicos que permanecem sem uso, ou seja, fechados ou ocupados por terceiros, que não pagam as obrigações devidas.


O resumo geral da evolução da relação PIB x gasto público pode ser visto na tabela a seguir:

TABELA 4 - Evolução da relação PIB x Gasto Público 27

Indicações Práticas


Para se lograr a redução do endividamento do Estado (Poder Público) é indispensável identificar e eliminar os privilégios, reduzir os gastos fixos – seja com pessoal, encargos ou mesmo com a rolagem da dívida – com o assistencialismo evitável e o fim dos investimentos infrutíferos. Portanto, urge revisar tais gastos para evitar a má aplicação dos recursos públicos, o colapso das finanças públicas e, sobretudo, adotar medidas efetivas de contrapartida dos beneficiários.

Entre outras medidas:

1 – Deve ser passado a limpo todas as obras e investimentos inconclusos, desfazendo-se daquela obrigação não estratégica. É importante chamar a responder os administradores que aprovaram e executaram estes investimentos infrutíferos, como forma de fazer pedagogia de responsabilidade política dos gestores, colaboradores e empresários. Seria oportuno desenvolver a cultura da economia real, assegurar-se sempre de que haja o recurso para o investimento a ser iniciado ou continuado até sua conclusão.

2 – O conjunto das medidas, como por exemplo do enfrentamento do endividamento público, devem ser aplicadas a todas as esferas da federação e a todos os demais entes (instituições públicas) intervenientes.

Algo mais radical deve ser feito para enfrentar este problema.

3 - Dada a gravidade da situação em que vivemos, coligada à crise do COVID-19, urge que sejam retomadas todas as atividades econômicas, ainda que transitoriamente com regime restritivo suficiente que preserve a vida e, deste modo, minimize de imediato os efeitos deletérios da crise, além de servir de garantia futura. A responsabilidade deste despreparo que coloca uma sociedade inteira em medo é a incapacidade do Estado, em todos os seus níveis, de administrar a riqueza de todos. Os governos, para garantir: (a) um assistencialismo populista, (b) as suas despesas desproporcionais e (c) os investimentos públicos que não geram benefícios, acabam aumentando o seu endividamento. Estes três fatores parecem ser os responsáveis iniciais pela crise econômica e social que estamos vivendo, pois são o resultado de uma conduta de gestão escassa em responsabilidade e reciprocidade.

4 – A responsabilidade de enfrentar este quadro passa, necessariamente, pelo parlamento. Afinal, é quem produz as leis e autoriza os gastos. Razão pela qual se requer uma atitude de responsabilidade e reciprocidade compartilhada com a dos respectivos governos.

5 – Como plataforma geral, preliminar, é mister reforçar a atuação política – notadamente dos parlamentos e governos – também nas seguintes áreas28 :

a. Combater o paternalismo e o assistencialismo, pois reduzem o valor do existir humano, além de promover profundas injustiças sociais;

b. Revisar e reduzir o liame legal, responsabilizando a todos, por um lado e, de outro, favorecendo a criatividade e o empreendedorismo;

c. Descriminalizar tantos pequenos delitos, aplicando-se penas alternativas, tais como as pecuniárias e o serviço comunitário. A privação da liberdade atenta contra a dignidade humana e só deveria ser exercida em casos extremos;

d. Atentar (restringir – eliminar) toda forma de propaganda e imagem, que mediocriza o indivíduo e lhe entorpece a consciência. Promover formas de arte e imagens que enaltecem o humano;

e. Reposicionar no sistema educacional, uma pedagogia e formação humanista. Reintroduzir o estudo dos clássicos (cultura clássica), pois é aquela que abre os horizontes e a elevação do saber humano;

f. Dissolver, diluir o parasitismo estatal e social. E, convocar os sindicatos a educar os empregados à responsabilidade social.

g. Reorientar o direcionamento do gasto público de forma criteriosa com prioridades estratégicas, além de aumentar a fiscalização na aplicação do dinheiro público, de forma a evitar o endividamento do Estado e o desperdício dos recursos públicos.

h. Eliminar a interveniência sobreposta de tantos agentes públicos de distintos órgãos na gestão pública e na vida privada. Em especial aquele que impede ao avanço normal das obras e serviços públicos e os empreendimentos privados. Desburocratizar.

Veja no documento oficial.

Pelo Movimento Reage Brasil 2020

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Referências


1 Estudo realizado pela equipe do Movimento Reage Brasil em maio de 2020, inspirado do artigo "O porquê a crise e como enfrentar o inevitável." Revista Performance Líder. Ano VIII, n. 15, p. 90-97, 2015.

2 www.camara.leg.br

3 www.portaltransparencia.gov.br

4 www.mds.gov.br

5 www.portaltransparencia.gov.br

6 www.insper.edu.br

7 Cruzamento de dados IPEA, IBGE, Relatório Resumido de Execução Orçamentária.

8 www.brasildefato.com.br

9 www.correiobraziliense.com.br

10 www.previdencia.gov.br

11 www.previdencia.gov.br

12 www.portaltransparencia.gov.br

13 www.agenciabrasil.ebc.com.br

14 www.tesouro.fazenda.rs.gov.br

15 www.camara.leg.br

16 www.abecip.org.br

17 www.agenciabrasil.ebc.com.br

18 www.agenciabrasil.ebc.com.br

19 www.exame.abril.com.br

20 www.escolhas.org

21 www.veja.abril.com.br

22 www.exame.abril.com.br

23 www.jogoslimpos.org.br

24 www.tjsp.jus.br

25 www.guaiba.com.br

26 www.tjba.jus.br

27 www.ibge.gov.br

27 www.br.advfn.com

27 www.portaltransparencia.gov.br

27 www.fazenda.gov.br

27 www.portalfederativo.gov.br

28 MENEGHETTI, A. A crise das democracias contemporâneas. Recanto Maestro RS: Onto Ed., 2007, p. 127.

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